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Etapas e Procedimentos :

O SBV inclui as seguintes etapas:

  •  Avaliação inicial;
  • Manutenção da via aérea permeável;
  • Ventilação com ar expirado;
  • Compressões torácicas;

Os Três elementos do SBV , após a avaliação inicial, são designados por "ABC"

   

     A - Via Aérea



     B - Respiração



     C - Circulação

Posicionamento da Vítima e do Reanimador

     As Manobras de SBV devem ser executadas com a vítima em decúbito dorsal, no chão ou sobre um plano duro. Se a vítima se encontrar, por exemplo, numa cama, as manobras de SBV, nomeadamente as compressões torácicas, não serão eficazes uma vez que a força exercida será absorvida pelas molas ou espuma do próprio colchão. Se a vítima se encontrar em decúbito ventral deve ser rodada em bloco, isto é, mantendo o alinhamento da cabeça, pescoço e tronco. O reanimador deve posicionar-se junto da vítima por forma a que, se for necessário, possa fazer ventilações e compressões sem ter que fazer grandes deslocações.

Sequência de Acções

Avaliação inicial consiste em:



1. Avaliar as condições de segurança no local;

2. Avaliar se a vítima responde;

      Depois de assegurar que estão garantias as condições de segurança, aproxime-se da vítima e pergunte em voz alta "Está bem? Sente-se bem?", enquanto a estimula batendo suavemente nos ombros.

3. Se a Vítima responder, deixe-a na posição em que a encontrou ( desde que isso não represente perigo acrescido ), pergunte o que se passou, se tem alguma queixa, procure ver se existem sinais de ferimentos e se necessário vá pedir ajjuda, ligando 112.



4. Se a vítima não responder, peça ajuda gritando em voz alta " Preciso de ajuda, tenho aqui uma uma pessoa desmaiada!". Não abandone a vítima e prossiga a avaliação.



      A etapa seguinte é a via aérea - "A"

Pelo facto da vítima se encontrar inconsciente, os músculos da língua perdem o seu tónus habitual ( isto é, relaxam ) e a queda da língua para trás ( na vítima em decúbico dorsal ) pode causar obstrução da via aérea. Este mecanismo é a causa mais frequente de obstrução da via aérea num adulto inconsciente. Outros factores podem, também, condicionar obstrução da via aérea como sejam o vómito, sangue, dentes partidos ou próteses dentárias soltas. 

5. Assim, é fundamental proceder à permeabilização da via aérea.



  •  Desaperte a roupa à volta do pescoço da vítima e exponha o toráx;
  • Verifique se existem corpos estranhos dentro da boca ( comida, próteses dentárias soltas, secreções ), se existirem deve removê-los, mas somente se os visualizar;

NOTA: As próteses dentárias bem fixas não devem ser removidas.

  •  Coloque a palma da mão mais próxima da cabeça da vítima na testa e os dedos indicador e médio da outra mão mo bordo do maxilar inferior.
  • Efectue simultaneamente a extensão da cabeça ( inclinação da cabeça para trás ) e elevação do maxilar inferior ( queixo ).

Ao efectuar a elevação do maxilar inferior não deve comprimir as partes moles do queixo, coloque os dedos apenas na parte óssea.

Após ter efectuado a permeabilização da via aérea passe à avaliação da existência de respiração espontânea - "B"



6. Para verificar se a vítima respira deve manter a permeabilidade da via aérea, aproximar a face à face da vítima e, olhando para o toráx. procurar:



VER - se existem movimentos torácicos;

OUVIR - se existem ruídos de saída  de ar pela boca e nariz da vítima;

SENTIR - na sua face se há saída de ar pela boca e nariz da vítima.



NOTA: Deverá  VER, OUVIR, SENTIR ( VOS ) durante 10 segundos.

       Deve procurar a existência de movimentos respiratórios normais isto é, observar se o toráx se elva e baixa ciclicamente, como numa respiração normal. Algumas vítimas podem apresentar movimentos respiratórios ineficazes conhecidos por "gasping" "respiração agónica" os quais não devem ser confundidos com respiração normal. Estes movimentos não causam uma expansão torácica normal, correspondem a uma fase transitória que pode preceder a ausência total de movimentos respiratórios e tendem a cessar rapidamente. Em caso de dúvida haja como se a vítima não ventilasse.

7. Se a vítima respira normalmente deverá ser colocada em posição lateral de segurança. Após a colocação em PLS deverá ir pdeir ajuda e regressas para junto da vítima reavaliando-a frequentemente.

8. Se a vítima não respirar normalmente deve ser activado de imediato o sistema de emergência médica, ligando 112, e regressar iniciando de imediato as compressôes torácicas.

Se estiver sozinho, após verificar que a vítima não respira, deve, se necessário, abandona-la de imediato para ligar 112. Ao ligar o 112 deve informar que se encontra com uam vítima inconsciente que não respira e fornecer o local exato onde se encontra.

Se entiver junto a alguém junto de si, deve pedir a essa pessoa que vá ligar 112, dizendo-lhe, se necessário, como deverá proceder, isto é, que deve dizer que a vítima está insconsciente e não respira e fornecer o local exato onde se encontra, e que regresse novamente.

Esta activação precoce do sistema de emergência médica é extremamente importante para que a vítima possa ter SAV o mais rápido possivél, já que é improvável que a vítima recupere apenas com manobras de SBV. Como foi referido anteriormente a causa mais frequente de PCR, num adulto, é de origem cardíaca, habitualmente devido a uma perturbação do ritmo cardíaco - fibrilhação ventricular, cujo único tratamento é a  desfibrilhação.

Para iniciar compressões torácicas a vítima deve estar em decúbito dorsal sobre uma superfície rígido coma a cabeça co mesmo plano do resto do corpo.

  • ​Ajoelhe-se junto à vítima;
  • Coloque a base de uma mão no centro do toráx da vítima;
  • Coloque a outra mão sobre esta;
  • Entrelace os dedos e levante-os, ficando apenas a base de uma mão sobre o esterno, e de forma a não exercer qualquer pressão sobre as costelas;
  • Mantenha os braços esticados e sem flectir os cotovelos, posicione-se de forma a que os seus ombros fiquem perpendiculares ao externo da vítima.
  • Pressione verticalmente sobre o externo, de modo a que este baixe cerca de 4-5 cm;
  • Alivie a pressão, de forma que o tórax possa descomprimir totalmente, mas sem perder o contacto da mão do externo;
  • Repita o movimento de compressão e descompressão de forma a obter uma frequência de 100/min ( um pouco menos de 2 compressões por segundo );
  • O gesto de compressão deve ser firme, controlado e executado na vertical;
  • Os períodos de compressão e descompressão devem ter a mesma duração;
  • Sincronize as compressões com ventilação:

       -  Ao fim de 30 compressões, 2 insuflações.





Se as vítimas iniciais não promoverem uma elevação da caixa torácica, então na próxima tentativa deve:



  • Observar a cavidade oral e remover qualquer obstrução visível;
  • Confirme que está efectuada uma correcta permeabilização da via aérea;
  • Não efectue mais de 2 ventilações antes de reiniciar as compressões torácicas.



Se estiver presente mais de um reanimador, devem alternar a realização de compressões torácicas a cada 2 minutos para prevenir a fadiga ou exaustão. A troca deverá ser efectuada demorando o menor tempo possível.



Realizar SBV utilizando só as compressões torácicas poderá ser efectuado nas seguintes situações:



  • Se não for capaz, não estiver disposto ou exista risco evidente para efectuar as ventilações boca-a-boca, efectue apenas as compressões torácicas
  •  Se forem efectuadas apenas as compressões torácicas, estas devem ser realizadas de forma contínua, a uma frequência de 100 por minuto.



As manobras uma vez iniciadas devem ser continuadas sem interrupção até que:



  • Chegue ajuda diferenciada e tome conta da ocorrência, isto é, médicos, enfermeiros etc...
  • A vítima inicie respiração normal;
  • O reanimador eteja exausto.
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